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O que fazer e o que não fazer como Coach para sustentar um Thinking Environment?

E permitir que o próprio cliente construa seu resultado através de suas Perguntas Incisivas.

Este texto é uma continuação da nossa série de artigos sobre as Perguntas Incisivas, se você não leu ainda, veja o texto anterior onde Trisha Lord descreve o que acontece em uma Sessão de Parceria de Pensamento ou coachin

Não são as Perguntas Incisivas que funcionam, mas a qualidade da sua atenção e presença para o cliente. As perguntas Incisivas tem papel importante, mas nem sempre aparecem de forma explícita em uma sessão, pois nem sempre o cliente precisa do Coach fazendo perguntas. Porém, para o processo de libertação do pensamento acontecer, as Perguntas Incisivas estarão lá. Mas elas têm um momento para acontecer, e isso quem determina é o Pensador depois de visitar sua história e tocar no ponto de bloqueio.

Retornaremos à Nancy Kline, no artigo “Silent, Incisive Questions & Client Stories”, quando ela sugere algumas perguntas para refletirmos:

O que faz as pessoas nos contarem suas histórias?

A pergunta é: O que faz as pessoas nos contarem o que está em seus corações? O que faz com que as pessoas nos contem as histórias que estão moldando suas vidas, as histórias que nos dizem qual será o melhor plano para elas?

Por que queremos as histórias de nossos clientes? Porque suas histórias são as pistas para criar com eles o plano perfeito e o legado. Suas histórias são quem elas são. Portanto, devemos convidar as histórias a entrar.

Algumas de suas histórias aparecem imediatamente - no rosto, nos olhos, no aperto de mão, na forma como se sentam na cadeira, nas roupas que vestem. Mas a maioria de suas histórias precisam de um convite para se juntar a nós.

[…] Quando você gera confiança nas pessoas, elas lhe entregam suas histórias. Quando as pessoas lhe contam suas histórias, elas lhe entregam sua confiança

Nancy conta que com a ajuda de Perguntas Incisivas, a relação do Coach e o Coachee pode trazer mais confiança ao Coachee e até encaminhar o Coachee para revelações libertadoras, mas que antes de tudo, é preciso seguir alguns passos para construir essa relação de confiança:

[…] a partir do momento em que eles (clientes - contextualização nossa) entram pela porta. Produzimos estas silenciosas Perguntas Incisivas ao fazer estas coisas:

  1. Primeiro, nos conectamos com o cliente, com nossos olhos, com nosso tom caloroso.
  2. Em seguida, contamos a eles a história de nosso Processo.
  3. Damos a eles a informação de que suas histórias autênticas, independentemente do que sejam, são 1) o melhor caminho para as pistas para um planejamento perfeito; 2) só aumentará nosso respeito por elas.
  4. Prometemos não interrompê-las enquanto elas falam.
  5. Fazemos a eles perguntas que os levem a se concentrar nas histórias relevantes.
  6. Silenciamos o relógio em nossas cabeças e a organização interna dos "modelos de documentos."
  7. Damos a eles a mais alta qualidade de Atenção, mantendo nossos olhos nos olhos deles, mantendo um rosto e uma atitude interna de aceitação, compostura e profundo interesse; nunca choque ou julgamento ou distância.
  8. Certificamo-nos de não tomar notas, nem de pará-las ou interrompê-las, mesmo para esclarecimento.
  9. Perguntamos, quando eles dizem que terminaram, "O que mais você gostaria de acrescentar ou dizer? E nós damos o mesmo nível de atenção enquanto eles pensam e falam a seguir.
  10. Nós os apreciamos durante a sessão.

Estes comportamentos os mantêm encontrando e contando suas histórias.

O mais poderoso de tudo é que lhes damos Atenção. Oferecemos Atenção diferente de qualquer outra que eles já tiveram.

De início, histórias aparecem por entre as cortinas, nos examinando com um canto de olho. Confira a qualidade e autenticidade desta escuta. Quando vêem que é seguro, quando percebem a sinceridade e confiam na promessa de não interrupção, quando sentem nosso interesse, abrem a cortina e dançam.

Queremos destacar uma frase que se relaciona com as Perguntas Incisivas como algo que segue uma simples técnica:

“Comece a ouvir as suposições limitadoras falsas que seus clientes estão fazendo enquanto falam. E construa uma Pergunta Incisiva para eles que os liberte dela. Perguntada gentilmente, uma Pergunta Incisiva abrirá a mente de seus clientes e seus corações".

Perguntas incisivas - Nancy Kline.

O paradoxo do Coaching no TE

Dizemos que o Coaching do TE produz uma espécie de paradoxo quando estamos dentro de uma sessão:

“Como Coach...
Você é essencial e irrelevante.
Você está tão presente, que se torna invisível.
Você importa profundamente, por não ter importância alguma.”

Explicando um pouco melhor esse paradoxo, nada mais justo do que compartilhar aqui nas palavras da criadora do Thinking Environment algumas recomendações que ela indica na hora de estabelecer um contrato de Coaching dentro da metodologia. É importante entender como é feita a preparação do ambiente para receber os clientes, sendo este o aspecto que contém a grande potencialidade do trabalho do Coach em um Thinking Environment:

COMO UM COACH
PARA CRIAR UM THINKING ENVIRONMENT:

FAÇA

  1. Reconheça que sua principal competência é criar as 10 condições sob as quais seus clientes podem pensar por si mesmos.
  2. Esteja mais interessado em onde seus clientes estão indo com o pensamento deles do que em compartilhar o seu.
  3. Esteja mais interessado no que é real e verdadeiro para seus clientes do que ter medo de ser provado que está errado.
  4. Reconheça que você é simultaneamente essencial para seus clientes, e irrelevante.
  5. Considere um sucesso quando seus clientes concebem ideias melhores do que as suas.
  6. Assegure a seus clientes que você não irá interrompê-los.
  7. O que mais eles pensam, sentem ou querem dizer? Pergunte. E continue perguntando.
  8. Saiba que só isto pode ser suficiente para resultar em uma sessão bem sucedida.
  9. Reconhecer o bloqueio universal ao pensamento e à ação: suposições falsas.
  10. Domine a construção de perguntas incisivas para removê-las.
  11. Compreenda a diferença entre uma suposição e uma crença.
  12. Confie na inteligência de seu cliente.

NÃO FAÇA

  1. Interrompa seus clientes.
  2. Suponha que você deve, ou mesmo pode, pensar por eles.
  3. Defina ajudar como falar, intervir ou "fazer por".
  4. Parafrasear seus clientes.
  5. Simplesmente espere para falar, em vez de realmente querer saber o que mais seus clientes pensam.
  6. Considere a parte de ouvir de uma sessão como apenas o começo. É o núcleo.
  7. Sinta-se bem sucedido somente quando seus clientes fazem o que você acha melhor.
  8. Desvie os clientes dos sentimentos.
  9. Suponha que seus pensamentos acabaram no momento em que eles estão quietos ou dizem que estão terminados.
  10. Dizer aos clientes o que eles estão assumindo.
  11. Considerar as palavras "suposição" e "crença" como sempre intercambiáveis.
  12. Confie mais em sua própria inteligência do que na de seu cliente.
  13. Tome notas (a menos que seu cliente o exija).

Essas habilidades reforçam o significado e a complexidade deste paradoxo que o Coach em um Thinking Environment encontra ao “ser essencial, mas irrelevante, estar tão presente, que se torna invisível, e importar profundamente, por não ter importância alguma”. Na prática, essas qualidades se revelam pela postura do Coach e, ainda mais, na sua potencialidade de criar um Thinking Environment para seu cliente.

Dessa maneira, a partir do momento que o Thinking Environment se estabelece e o contrato é reconhecido, o voo livre fica por conta do Coachee e o Coach está ali “apenas” para sustentar esse campo mágico onde o pensamento livre e independente acontece.

A relação que se constrói entre o Coach e o Coachee

Queremos finalizar este texto, mostrando parte de uma narração presente no artigo “COACHING IN A THINKING ENVIRONMENT”, onde Nancy comenta um caso que ela viveu com uma coachee:

Nancy começa com uma pergunta muito importante que podemos nos fazer quando estamos na fase de do processo de Coaching:

Mas quantos coaches, você diria, realmente sabem como libertar a mente humana à sua frente? Quantos coaches são levados a descobrir o quanto os clientes podem ir além em seu próprio pensamento antes de precisarem da contribuição do coach? Quão confortável é a maioria dos coaches, se o cliente nunca precisa de contribuição?Quantos coaches podem acompanhar a proporção da conversa do cliente com os coaches em cerca de 12 para 1?

Por quanto tempo, você supõe, a maioria dos coaches escuta profundamente antes de falar? Cinco minutos? Três? Que tal 30 segundos? Quantos coaches estão realmente à vontade com o silêncio?

E quantos coaches sabem como libertar a mente de suposições limitadoras falsas - de forma limpa, elegante e em tempo recorde?

Quantos coaches fornecem a qualidade de atenção possível, nunca tomando notas?

Nancy responde: “alguns, mas não o suficiente”.

"A maioria de nós acumula conhecimentos, habilidades, modelos, mapas, teorias e inventários. Somos qualificados. Estamos, de fato, "armados para suportar". Mas em tudo isso, muitas vezes não sabemos como estar com os clientes de tal forma que eles pensem por si mesmos. Na verdade, não sabemos como fornecer as condições para que eles alcancem insights, perspectivas e estratégias essenciais para o seu progresso ideal, mas indisponíveis de nós.

E, finalmente, ela comenta o caso da sua cliente Ashley e suas conclusões sobre uma efetiva sessão de coaching:

Ashley produziu ela mesma esse resultado. Minhas ideias para ela, minhas outras perguntas, minhas outras ferramentas empalideceram diante do poder de dar-lhe atenção ininterrupta e ajudá-la a construir a Pergunta Incisiva. Ambas geraram as ideias a partir de dentro dela. Foi ela quem encontrou as respostas. Ela precisava de mim para fazer isso, sim. Mas ela precisava que eu fosse a especialista em criar um Ambiente de Pensamento para ela. Ela precisava de minha atenção e de minhas poucas perguntas, cuidadosamente direcionadas.

Ela precisava de mim para ter a coragem de confiar em sua inteligência.

O trabalho da Munzner

A Munzner oferece todos os programas oficiais certificados do Thinking Environment que são autorizados pela Time To Think – empresa da Nancy Kline no Reino Unido. Por trás da empresa Time To Think há coaches, facilitadores, consultores, membros de colegiados nacionais e internacioanais e o Faculty, que são os únicos membros responsáveis por formar outros profissionais do Thinking Environment, junto com a Nancy.

Por isso, se você se interessou por vivenciar algum dos processos que relatamos aqui, como o processo de Parceria de Pensamento, ou gostaria de conhecer um pouco mais os Fundamentos do TE, ou até mesmo contratar uma sessão de Coaching, saiba que você está no lugar certo para contratar o trabalho feito pela Munzner, que desde 2014 atua com muita dedicação a disseminação do Thinking Environment no Brasil.

Você pode querer também saber mais sobre os caminhos de certificação e quem sabe também querer se tornar um profissional atuante do TE, por isso, não deixe de nos mandar uma mensagem, na página de contato aqui do site, queremos conhecer você melhor e entender como podemos lhe ajudar nessa jornada!

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Empresas que já tiveram contato com o Thinking Environment

Nos últimos anos a Munzner treinou diversos profissionais que também foram pioneiros em levar o Thinking Environment para dentro de suas empresas.

Earthworm Foundation

GIZ – German Development Cooperation

Alltech do Brasil

Sustentare Escola de Negócios

FAE

ISAE

UniCesumar

Darnel Group

PUC Paraná - Escola de Negócios

Petrobras

Grupo Boticário

Oi

IBM

SENAR

Perkons

Famiglia Zanlorenzi

Riosulense

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