O que nós focamos no TE é o pensamento e não a fala da pessoa.

De qualquer forma, expressamos verbalmente só entre 10% e 30% do que nós pensamos. 

Considerando isso, mesmo quando a pessoa está em silencio, ela possivelmente está ainda pensando.

Então uma interrupção do silêncio, mesmo com uma pergunta muito bem elaborada, pode ser considerada uma interrupção. 

Uma história de contextualização:

Uma aluna autista de uma universidade pública, uma vez comentou com sua professora que tinha muito dificuldade para se expressar durante as aulas. Isso acontecia pois ela precisava de um tempo maior para pensar e formular a sua fala, mas nesse meio tempo, entre uma fala e uma pausa para pensar, os colegas de turma a interrompiam. A situação se agravava ainda mais por ela ser mulher. Isso fazia com que ela não conseguisse concluir seus pensamentos e apresentasse mais dificuldade ainda no aprendizado da disciplina.

Portanto, constatamos aqui também que o silêncio é vital para produzir pensamento independente.