Seus princípios apoiam a abordagem de desafios coletivos, seja em uma pequena organização, comunidade ou até em governos de grandes países.
A abordagem foi sistematizada pelo professor e economista do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Otto Scharmer, um dos maiores especialistas em liderança da atualidade, que presta consultorias a empresas e governos de várias partes do mundo.
Os primórdios da Teoria U surgem no fim dos anos 60, na Holanda, com pesquisas sobre pedagogia. Quase 30 anos depois, Scharmer iniciou uma pesquisa sobre metodologias de mudanças no MIT, junto ao colega e expert no assunto, Peter Senge.
O resultado dos quase dez anos de trabalho foi sistematizado e lançado ao mundo, em 2009, no livro Teoria U. Por meio do Presencing Institute, fundado por Scharmer, a metodologia é hoje internacionalmente difundida.
No Brasil, um dos principais cases de aplicação da Teoria U em processos de mudança organizacional é a Natura.
No campo educacional, professores da Fundação Getúlio Vargas e Fundação Dom Cabral vêm aplicando princípios da Teoria U em pesquisas e em sala de aula.
Acessando a fonte da inovação
Scharmer defende que o nível de atenção e a forma como fazemos algo é chave para o que está sendo criado. Para isto é fundamental estarmos plenamente conscientes e em contato com o lugar interior do qual a atenção, a intenção e as ações se originam. À falta de percepção desse lugar, o estudioso dá o nome de "ponto cego".
O propósito da metodologia é permitir o acesso consciente a este "ponto cego", o nosso autêntico Eu – fonte mais profunda de conhecimento e inspiração, por meio de cinco movimentos percorridos na jornada do U.
Conforme o diagrama, o processo inicia na ponta esquerda do U, conectando-nos ao mundo dos fatos. Nesse momento o desafio dos grupos é compreender e questionar o que já se pensa e faz.
Na descida ao fundo do U nos conectamos ao mundo que emerge de dentro.
É onde se encontra a fonte profunda do conhecimento, que nos convida a nos desapegar de velhos conceitos e tudo que não é essencial para deixar emergir o novo.
É o ponto de conexão com a essência, com a intuição, para se responder à questão: O que de melhor pode acontecer? Quais são as melhores possibilidades?
A subida do U emerge, então, a partir de novas visões e intenções.
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Assista o webinar em que Ana e Steffen apresentam como o Thinking Environment melhora a eficácia dos processos com Teoria U.
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Iluminando o Ponto Cego
De acordo com Scharmer, as tentativas de lidar com os desafios do nosso tempo falham muitas vezes por estarmos cegos para esta dimensão da fonte a partir da qual a liderança eficaz e a ação social surgem.
"Sabemos muito sobre o que os líderes fazem e como o fazem. Mas sabemos muito pouco sobre o lugar interior, a fonte a partir da qual eles operam. E é essa fonte que tentamos explorar", explica.
Um dos conceitos centrais para a teoria U é chamado de “presencing”, uma fusão das palavras em inglês “presence” (presença) e “sensing” (sentindo). O termo se refere à habilidade de sentir e trazer ao presente o melhor futuro potencial de alguém.
É justamente esta competência que um bom líder deve levar o grupo a desenvolver no meio da jornada “U”, como bem apontou Bill O’Brien, ex-CEO da Hanover Insurance: "O sucesso de uma intervenção depende da condição interna do interventor”.
Qualidade da escuta como método
No coração da metodologia da Teoria U está o desenvolvimento de uma capacidade profunda de escuta - uma escuta no presente voltada ao futuro que quer emergir.
Ela pressupõe uma conexão com uma fonte profunda de sabedoria e criatividade coletiva, a partir de três posturas: mente aberta, coração aberto e vontade aberta.
Saiba mais:
[…] quiser conhecer mais sobre o processo U, tem ferramentas disponíveis no site e o curso online e gratuito, com bastante coisa já traduzida […]
[…] A Teoria U é uma metodologia de transformação que entrega para o líder uma série de ferramentas desde a observação do contexto até a criação de soluções, finalizando com a criação da nova visão com e para as pessoas envolvidas. […]