Você tem o costume de fugir de conflitos?
Dentro das empresas, algumas pessoas possuem o hábito de evitar conflitos o máximo possível. Percebe-se o clima pesado decorrente de algo que está acontecendo, mas a possibilidade de diálogo frequentemente é ignorada para evitar qualquer desgaste ou precisar enfrentar verdades e desafios.
Fugir seria a solução mais produtiva? De acordo com a Deep Democracy, metodologia sistêmica que integra conceitos de física quântica, psicologia, antropologia e espiritualidade, é necessário olhar para todas as esferas da realidade e encarar os fatos.
É entender o conflito como uma oportunidade.
Como começa o conflito
É importante termos consciência de como o conflito começa e seus diversos níveis para, quando ele surgir, fazer uma observação realista sobre a situação.
Segundo Friedrich Glasl, o conflito pode ser representado em uma escala com 9 estágios.
Cada nível é uma descida para camadas inconscientes mais profundas, primitivas e desumanas, chegando ao momento do total descontrole. À medida que os níveis vão subindo, o irracional se aprofunda.
No primeiro nível, ainda é possível chegar a um consenso e ambas as partes ganharem:
- Tensão/endurecimento: conflitos começam com tensões (ex: divergência de opinião sobre algo).
- Debate/polêmica: ambas as partes começam a montar estratégias para convencer o outro de que tal posicionamento é correto.
- Ações ao invés de palavras: as discussões acabam, o respeito acaba e há apenas gestos e outras comunicações não-verbais.
No segundo nível, um perde e outro ganha. O controle das consequências do conflito começa a desaparecer:
- Coalizões: cada um tenta encontrar defensores para ficar ao seu lado. O objetivo agora não é mais discutir o assunto e sim ver quem dos dois ganha.
- “Perder a cara”: perda de moral e de credibilidade é a fase em que um tenta desmoralizar e denegrir o outro.
- Estratégia de ameaças: quando um começa a ameaçar o outro. A dimensão da credibilidade da ameaça depende do poder da consequência negativa da mesma.
No terceiro nível, ambos perdem e não há mais controle sobre a situação:
- Destruição limitada: o oponente não é mais visto como humano. De agora adiante, perdas pessoais são vistas como ganho se o prejuízo para o oponente for maior.
- Aniquilação total: o oponente precisa ser aniquilado de todas as formas.
- "Juntos para o abismo”: a partir deste ponto, a aniquilação pessoal é aceita para derrotar o oponente.
- Tomada de decisão: negar ou encarar o conflito.
Quando os níveis de conflito estão altos, soluções racionais não adiantam mais
Aliás, esse é um problema sério e recorrente em várias empresas: quando as pessoas dão sinais irracionais que estão em conflito e isso é negado.
É hora de encarar a realidade: problemas emocionais só se resolvem pelo emocional. Em um momento de conflito, qualquer apelo para o racional não vai mais funcionar.
Aliás, qualquer método de resolução de conflito só vai funcionar se um ou os dois parceiros estiverem dispostos a sair de seu posicionamento e buscar uma resolução.
De qualquer maneira, neste momento é necessário observar o nível do conflito, analisar a realidade e tomar uma decisão: negar ou encarar a realidade.
Se você optou por encarar o conflito, convidamos a usar três premissas para fazer isso de maneira saudável:
- Ficar na relação: o relacionamento deve ser mais importante que ganhar ou perder a discussão.
- Ninguém ter o monopólio da verdade: presumir que não existe certo e errado, assim como perceber que o conflito é uma oportunidade para conhecermos mais sobre nós mesmos.
- O conflito traz crescimento: ele nos ajuda a descobrir uma parte de nós que não conhecemos.
Como resolver com Thinking Environment: pares de conflito
Encarar o conflito é, muitas vezes, a decisão mais sábia. Porém é preciso fazer isso com assertividade.
O Thinking Environment, metodologia de Nacy Kline, convida as pessoas a resolver os problemas por meios não racionais - e esta é a grande diferença.
.Os Pares de Conflito é um programa de resolução de conflito que adaptamos a partir do Thinking Environment.
1 - Pares de conflito: vontade mútua de resolver o conflito
Entendendo o conflito como uma oportunidade, nós chamamos cada pessoa envolvida no conflito para uma sessão de “Parceiria de Conflito”. Ela só funciona se ambos estiverem interessados em uma solução para o impasse..
2 - Ambiente de segurança e formação de acordos
Começamos a sessão de Thinking Environment criando um ambiente de segurança: um espaço seguro para as pessoas se abrirem e dizerem o que pensam e sentem.
É preciso se posicionar de uma maneira com que as pessoas confiem no processo e no facilitador, fazendo acordos claros e sustentando os 10 componentes.
Aliás, o facilitador da sessão, também conhecido como mediador, não vai interferir em nada - vai apenas sustentar esses componentes.
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3 - Primeira rodada: identificar a pergunta de cada um
Após o facilitador se apresentar e combinar os acordos, ele libera 10 minutos para cada um pensar sobre o que cada um busca solução.
O convite é refletir sobre a situação e elaborar uma pergunta como “eu devo continuar trabalhando nesse projeto?”.
4 - Segunda rodada: o que cada um realmente busca
Após a formulação da pergunta, os participantes falam em voz alta suas perguntas.
O mediador, então, faz uma pergunta incisiva para tirar os bloqueios e encontrar o que cada um da dupla realmente busca. Por exemplo: “o que você supõe que está te impedindo de querer continuar nesse projeto?”.
5 - Momento de checagem dos objetivos
Após essa provocação, cada participante tem 5 minutos para refletir e elaborar o que cada um está realmente buscando nessa sessão. Há uma sessão de Duplas de Pensamento com cada um.
No segundo momento, cada participante fala em voz alta o seu objetivo elaborado - e geralmente percebe que ambos os parceiros estão atrás da mesma coisa.
Apenas falaram o mesmo pedido com palavras diferentes. Portanto, chega-se ao objetivo principal do conflito e ele será o foco do diálogo que vem a seguir.
6 - Diálogo entre os pares
Nesta etapa dos Pares de Conflito os bloqueios já foram removidos.
Algo já foi aliviado, portanto os parceiros já conseguem se olhar e conversar. Então o facilitador explica os acordos do diálogo dentro do Thinking Environment e libera a dupla para interagir.
7 - Apreciação
Cada um anota seus insights e seus novos acordos.
Para finalizar, uma apreciação é feita: cada um (incluindo o facilitador) se abre para falar sobre algo positivo no outro que apareceu durante a sessão e dar este feedback.
Para saber mais sobre o Thinking Environment e a resolução de conflitos, leia sobre um caso real clicando neste link.
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